domingo, 30 de janeiro de 2011

Adoção responsável


Assumir uma postura acaba sendo um divisor de águas na vida de qualquer pessoa.
Quando alguém diz que fulano é uma pessoa política, deveria estar dizendo que "fulano defende os interesses coletivos", mas, infelizmente, não é bem isso que acontece!

O fulano político tenta agradar a todos, porque sabe que a maioria das pessoas não está preparada para ouvir uma opinião sincera e direta (mesmo quando há solicitação). O fulano político sabe que as pessoas precisam ter seu enorme e inseguro ego massageado a todo instante. Mas, não é preciso ser gênio para saber que quem quer agradar a todos não agrada ninguém.

Quem acompanha este blog, já sabe que não sou dada a atitudes políticas.
Caminhando, ao longo destes 2 anos, descobri como é importante utilizá-lo como veículo de informação na educação para a posse responsável de cães - no sentido mais infinitamente amplo que essa palavra possa ter.


Meu foco é discutir idéias, atitudes e não pessoas. Entretanto, muito do que as pessoas fazem diz muito sobre quem elas são.

Mais uma vez, vou assumir uma postura que esperava já ter encontrado alguém que a assumisse anteriormente. Educar e cuidar é o que nós podemos fazer.




A Ana Corina, do Mãe de Cachorro Também é Mãe, vem publicando uma série muito bacana, chamada Guia de Raças. Como ela mesma disse, "o número de animais de raça abandonados no Brasil não só é imenso, como cresce absurdamente. Assim, a adoção deles também é uma realidade."
Em virtude desta questão, para que a adoção seja consciente, o Guia de Raças aborda os prós e contras de cada raça.

É fácil conferir o que a Ana está falando! Dêem uma passadinha no blog da Priscila Coelho - Adote, Não Compre! - e será possível ver como há muitos cães de raça disponíveis para adoção.

Mesmo no caso de infelizmente cães da moda, como os frenchies, há muitos abandonos. Não me refiro aos e-mails que recebo de pessoas, que por motivos diversos, não podem mais ficar com seu orelhudo e me pedem ajuda para que eu encaminhe o cão a outra pessoa. Me refiro aos casos de cães que são abandonados em hotéiszinhos, pet-shops, clínicas veterinárias e, até mesmo, na rua, à própria sorte.

Além da questão do sofrimento do indívíduo, estes cães abandonados são um problema social e de saúde pública, porque procriam, aumentam a população de cães errantes e transmitem doenças, para outros os cães, outros animais e para o próprio homem.

Incansavelmente, repito sobre a importância da atuação de um criador de cães responsável para que o vício do abandono não aconteça.

É fácil concuir que todo cão sem raça definida (vulgo vira-lata) descende de um cão de raça pura, não importa quão longe seja esse parentesco.
Como cada raça possui particularidades de temperamento e, inclusive, questões de alterações de temperamento que podem ser hereditárias, seus descendentes - de raça ou não - herdam suas características, boas e ruins.


Portanto, sem querer falzer apologia aos cães de raça, apenas sendo honesta, a pergunta óbvia é:  de onde surgiu o mito que cães sem raça definida são mais confiáveis ou mais dedicados a seus donos ou possuem melhor temperamento que os cães de raça?
Fico aqui pensando, na loucura hipercinética que pode nascer da descendência de fox terrier com um parente de beagle? Ou que pode nascer quando a mistura acontece entre parentes de cães de guarda com desvio de temperamento?


O trabalho das entidades que trabalham com doação de animais de estimação é muito louvável, entretanto sinto falta de atitudes educativas por parte de muitas, quanto à questão de selecionar proprietários adequados, afim de evitar o reabandono dos cães.

É importante educar as pessoas sobre o valor de uma vida. Mas, o que tenho observado são animais disponíveis para adoção sem muitos critérios e, o que me apavora completamente, animais sendo doados em  feirinhas. Qual a diferença entre uma feirinha de venda e uma de adoção, sob a ótica da dignidade do animal? Será que uma feirinha de adoção é educativa?
Na minha opinião, não.







Infelizmente, o que tenho visto é que, grande parte dos adotantes, é movida pelo ímpeto de adquirir um cão gratuitamente - e não pela atitude amorosa de adotar um cão, prover-lhe um lar e uma família.
Essas pessoas entram em choque quando descobrem que adotar não é de graça, porque o cão precisa de vacinas, medicamentos, fica doente, precisa de banho, alimentação específica, e por aí vai.

Doar foi legal? Não.
Adotar foi legal? Não.
Resultado? Reabandono.






Por que não ser um exemplo vivo do próprio discurso?
Somente nós, que protegemos os cães, podemos mudar essa realidade. Somos todos protetores.

O que é um criador responsável?

As discussões sobre este tópicos são polêmicas e existem na maioria dos fóruns cinólilos, entre os próprios criadores, entre os não criadores e entre estes dois grupos de pessoas.

Peggy Adamson, em 1969, dissertando sobre o mesmo assunto, disse o seguinte:
"Os verdadeiros criadores são o coração e a alma do mundo canino. Eles permanecem orgulhosos e, muitas vezes solitários, resistindo ao comércio, indesviáveis em sua busca pela perfeição e idealistas em seu código de ética."


Que fique claro que a busca pela perfeição não limita-se ao estético. É a busca pelo estético, pelo funcional, pelo saudável e, também, pelo temperamento perfeito.

Que fique claro, também, o código de ética de um verdadeiro criador de cães de raça pura. Estes valores morais que permeiam a criação de cães devem basear-se, pelo menos na minha opinião, em um sólido princípio: o bem estar dos cães.

A partir da preocupação com o bem-estar dos cães, do exercício da ética e da preocupação com a busca pela perfeição, é possível elencar alguns indicativos de um criador responsável:

  •  Um criador responsável não se compromete a ter várias ninhadas  por ano. Buldogues franceses são cães com manejo reprodutivo complexo e socializar os filhotes é um trabalho importante na criação. Importante lembrar que o criador responsável planeja as ninhadas com a intenção de obter filhotes prósperos para sua criação e não para "vender filhotes";
  •  Um criador responsável avalia os acasalamentos e é honesto na intenção de não acasalar animais com doenças que possam prejudicar a saúde da ninhada;

  •  Um criador responsável está sempre disponível aos proprietários dos filhotes que encaminha, para consultas e futuras dúvidas, por toda a vida deste cão;

  • Um criador responsável não vende filhotes em "Pet Shops" ou "feirinhas de animais". Esses filhotes são, tipicamente, produzidos em larga escala. Embora filhotes de "Pet Shop" e "feirinhas" recebam pedigree, deve-se saber que esse documento não implica em garantias de saúde. Filhotes que são "produzidos em larga escala" não recebem a devida atenção quanto a doenças hereditárias, padrões de temperamento e socialização;

  •  Um criador responsável é criterioso na selecão dos lares dos seus filhotes;

  • Um criador responsável não vende seus filhotes através de  Mercado Livre, Orkut, Facebook, etc.;

  •  Um criador responsável conhece as particularidades da raça (boas e ruins);

  •  Um criador responsável fornece garantias por escrito e exije garantias que seu filhote será bem cuidado, através do contrato celebrado entre as partes;

  • Um criador responsável assume ser vitaliciamente responsável por todos os filhotes de sua criação e compromete-se a receber qualquer cão de volta, a qualquer tempo, para que nenhum seja abandonado a própria sorte;

  •  Um criador responsável promove a proteção do indivíduo, da raça e da sociedade, incentivando e promovendo a castração dos cães destinados à companhia;

  •  Um criador responsável não encaminha filhotes antes dos 3 meses de idade;

  •  Um criador responsável é incondicionalmente honesto com aqueles que encaminha seus filhotes.

É ardua a tarefa de encontrar criadores que prezam pelos três pilares: bem-estar dos cães,  exercício da ética e  busca pela perfeição - e apenas 2 (dois) não bastam! Criadores responsáveis são, realmente, poucos - mas existem.


Se você for um criador responsável, de qualquer raça canina, que cumpra todos os quesitos acima elencados, por favor, envie-me um e-mail ou deixe um recado. Será um prazer conhecer o seu trabalho!

Revendo conceitos sobre VACINAÇÃO


Quem acompanha o blog já deve ter percebido o meu espírito ALTAMENTE QUESTIONADOR.
Me incomoda bastante o fato das pessoas aceitarem tudo muito passivamente, sem o mínimo de questionamento...



Aquele médico é o melhor? Por que?
Aquela ração é a melhor? Por que?
Por que se deve utilizar este protocolo? Aliás, protocolos são elementos altamente visados por mim, porque tem-se o hábito de engolí-los, sem o menor questionamento, porque alguém definiu que deveria ser daquele jeito.

Por conta desses loucos protocolos, há muitas pessoas que perderam todos os seus dentes (ao invés de tratar, vamos extrair!), perderam as mãos (roubou? cortem as mãos!) e, agora, também, perdem seus cães com leishmaniose (portaria nº 1426 do nosso governo) mesmo querendo tratá-los adequadamente.

Bem... há uma lista enorme de protocolos a serem questionados. E, ontem, lendo o que Sylvia Angélico escreveu sobre sua golden natureba, a Sarabi, não pude deixar de rever meus próprios conceitos (coisa que adoro) e postar uma coisa muito legal aqui:


"Tive uma aula muito interessante sobre vacinas e imunização na faculdade esses dias. Fiquei surpresa com o grau de atualização do professor, um veterinário alopata cardiologista e clínico geral. Me alegrou saber que, pelo menos na minha faculdade, os alunos têm oportunidade de rever os conceitos em relação a esse assunto.

Dito isso, o professor contou algo que me assustou. Aparentemente há um pequeno surto - se é que pode-se dizer assim - de hepatite causada pelo adenovírus 1. “Só essa semana atendi a uma ninhada inteira tomada por essa doença. Perdemos dois filhotes; os demais estão internados em situação delicada”, comentou o professor. Abri o Ettinger (a Bíblia da Clínica Geral de Pequenos Animais) e é isso mesmo. A hepatite viral é uma doença grave para filhotes. Quando sobrevivem, pode haver seqüelas neurológicas e os cães curados continuam a eliminar e a disseminar o adenovírus 1 no ambiente por até dois meses.

Fui obrigada a rever meus conceitos - coisa que faço com prazer. Aprendi na aula e depois confirmei em livros, como o Ettinger, que basta uma aplicação bem feita de vacina de vírus vivo (atenuado) em um filhote saudável, com no mínimo 14 semanas, para haver soroconversão (criação de anticorpos específicos) bem sucedida. A partir das 14 semanas de idade, o sistema imunológico do filhote está maduro o suficiente para criar anticorpos virais que duram de 3 anos até a vida toda (caso dos anticorpos contra a parvovirose).

Optamos então, por fazer a terceira - e por enquanto, última - dose com uma vacina V6. É essa aqui. Desprovida de bacterinas de leptospirose, justamente a porção mais alergênica das vacinas V8 e V10, a Duramune Max 5-CvK protege contra Cinomose (importantíssima), Parvovirose (importantíssima), Coronavirose (inútil), Parainfluenza (útil em certos casos), Adenovirose tipo 1 ou Hepatite Infecciosa Canina (importante) e Adenovirose 2 (pouco importante, mas precisa ser aplicada junto com a Adenovírus tipo 1).
Não houve reação local, dor, febre, coceiras, nada. Administramos o remédio homeopático Thuja occidentalis na potência 6CH antes e após a aplicação da vacina. A Thuja é notória por minimizar e até cancelar os efeitos deletérios das vacinações. A vacina foi feita na quinta-feira passada. Ou seja, daqui a 10 dias a pequena estará liberada para passeios na rua e em parques!"

Postagem disponível em : http://www.cachorroverde.com.br/sarabi/?p=119

Vacina antirrábica: morte de cães e gatos

O  Ministério da Saúde está de saia justa, porque a vacina antirrábica está provocando muitas reações adversas nos pets. Em uma declaração meio controversa, o presidente da TECPAR - Luis Fernando de Oliveira Ribas, disse:

 "É muito chato dizer isso, para quem é o dono do bichano, mas podem ocorrer óbitos em 0,01% a 0,03% dos casos, particularmente em felinos, mais sensíveis à fórmula".

Parece existir mais felinos sensíveis do que supõe essa estatística, pelo menos é o que mostra essa matéria de O DIA online, onde há relatos de mais de 30% de felinos adoecidos, depois da aplicação da vacina.


Felizmente, ontem, São Paulo suspendeu a aplicação da vacina em cães e gatos, após o relatos de 07 (sete) casos de choque anafilático, seguidos de morte dos pets.


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Que fique claro que sou a favor da vacinação de todos os animais de estimação, entretanto, cabe uma análise crítica aos protocolos vacinais utilizados atualmente.

Por lei, no Brasil, a vacina antirrábica é feita anualmente nos animais de estimação. Isso é bastante compreensível, quando se trata de políticas públicas, uma vez que a raiva é uma zoonose. Afinal, todos os anos nascem milhares de cães/gatos de rua e estes pets precisam ser imunizados.
Entretanto, para os animais controlados, ou seja, aqueles que tem acesso a rede privada de atendimento veterinário e que vivem domiciliados, cabe um esquema vacinal individualizado.

As pesquisas tem demonstrado que a super-vacinação pode provocar efeitos nocivos diversos nos pets.
Do ponto de vista imunológico, a vacina antirrábica é uma vacina "potente", podendo, apresentar diversas reações adversas neurológicas, resultando em atrofia muscular, alteração das funções motoras, além de  anemia hemolítica, doenças auto-imunes que afetam a tireóide, articulações, sangue, olhos, pele, rim, fígado, intestino e sistema nervoso central, choque anafilático, agressividade, convulsões da epilepsia e fibrossarcomas nos locais da aplicação da injecção estão todas ligadas à vacina anti-rábica.

Portanto, não é saudável utilizar esta vacina em frequência maior do que a necessária para manter a imunidade.
As pesquisas científicas sugerem que depois da primeira dose de reforço - feita com 1 ano de idade - o intervalo de três anos mantém titulaçãoes adequadas, capazes de manter o cão protegido. Entretanto, outros estudos tem demonstrado que os cães mantem-se imunes à raiva cinco anos após a vacinação e estudos sorológicos do Dr. Ronald Schultz mostram que os cães têm contagens de títulos de anticorpos em níveis capazes de conferir imunidade contra a raiva sete anos após a vacinação!

A questão não é deixar de vacinar. A questão é fazer bom uso das vacinas, com sabedoria e adequação às necessidades de cada animal.
A saúde do seu pet agradece!





Bibliografia:

Dodds, W.J. ADVERSE VACCINE REACTIONS. Disponível em: http://www.itsfortheanimals.com/Adobe/AdverseVaccReactions.pdf Acesso em: 20/08/2010.

Rigo, L., Honer, M.R. Titulação de anticorpos contra o vírus da raiva em cães, em Campo Grande, MS, na Campanha Anti-Rábica de 2003. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39(6):553-555, nov-dez, 2006

Schultz, R.D. and F.W. Scott. Canine and Feline Immunization. In: Symposium on Practical Immunology. R.D. Schultz, Ed., Vet Clinics of N. Am., Nov. 1978, W.B. Saunders Co.

Schultz, R.D. Current and Future Canine and feline vaccination programs. Vet Med 3: No. 3, 233-254, 1998.

Schultz, R.D. Duration of Immunity to Canine Vaccines: What We Know and Don't Know. Disponível em: http://www.cedarbayvet.com/duration_of_immunity.htm Acesso em: 20/08/2010

Schultz, R.D.; Thiel, B.; Mukhtar, E.; Sharp, P.; Larson, L.P. Age and Long-term Protective Immunity in Dogs and Cats. J. Comp. Path. 2010, Vol. 142, 102-108

Rompendo paradigmas antigos sobre vacinação de cães


Há algum tempo eu "achei" essa página e "salvei". Guardei tão bem guardada, em meu computador, que só consegui achar hoje, quando resolvi fazer uma limpa nos arquivos!

O protocolo da Dra. Jean Dodds é simples e eficaz. Nós, aqui, já o seguimos, acrescentando, também, a vacina contra leishmaniose.



CALENDÁRIO VACINAL RECOMENDADO PELA DRA. JEAN DODDS

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Vacinas não recomendadas para cães

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Há dois tipos de vacinas: vacinas com vírus vivos modificados (MLV) e vacinas com vírus mortos.

Calendário vacinal

Há muita controversa acerca dos calendários de imunização, especialmente com a ampla disponibilidade de vacinas com vírus vivos modificados (MLV) e as experiencias de reações pós-vacinas que muitos criadores enfrentaram, utilizando essas vacinas. Também é importante não começar um programa de vacinação enquanto os anticorpos maternos ainda estão circulantes e presentes no filhote, advindos do colostro da mãe. Os anticorpos maternos identificam as vacinas e os organismos infecciosos da mesma maneira, destruindo-os antes que possam estimular uma resposta imune.Muitos criadores e proprietários têm procurado um programa de seguro de imunização.



Vacinas com vírus vivos modificados (MLV)
Vacinas com vírus vivos modificados possuem cepas "enfraquecidas" do agente causador da doença. O "enfraquecimento" do agente é normalmente realizado por meio químico ou através da engenharia genética. Essas vacinas replicam dentro do hospedeiro, aumentando assim a quantidade de material disponível para provocar uma resposta imune sem provocar a doença clínica. Esta estimulação provoca uma resposta vigorosa do sistema imune. Além disso, a imunidade conferida por uma vacina viva modificada desenvolve-se bastante rapidamente e uma vez que eles imitam a infecção com o agente da doença real, proporciona uma ótima resposta imune.



Vacinas inativadas (mortas)
As vacinas inativadas contem os agentes causadores da doença mortos. Como o agente está morto, a vacina é muito mais estável e tem uma vida útil mais longa, não há possibilidade de reverter a virulência e não se propagarão a partir do animal vacinado para outros animais. Também é segura para animais gestantes (o feto em desenvolvimento pode vir a ser prejudicado por alguns dos agentes da doença, embora atenuada, presente na formulação de vacinas atenuadas). Embora seja sempre necessária mais do que uma dose e a duração da imunidade seja, geralmente, mais curta, as vacinas inativadas podem ganhar importância nesta época de proliferação de retrovírus e infecções por herpes e preocupações com a segurança na utilização dos microorganismos geneticamente modificados. As vacinas inativadas disponíveis para uso em cães incluem raiva, parvovirose canina, coronavírus canino, etc.



W. Jean Dodds, DVM
HEMOPET
938 Stanford Street
Santa Monica, CA 90403
310/ 828-4804
fax: 310/ 828-8251


Nota: Este calendário é o que eu recomendo e não deve ser interpretado no sentido de que outros protocolos recomendados por um veterinário seria menos satisfatórios. É uma questão de julgamento profissional e escolha. Para raças ou famílias de cães suscetíveis ou afetadas com disfunção imune, doença imunomediada, reações imunes associadas com a vacinação ou doença endócrina auto-imune (tireoidite, Addison ou doença de Cushing, diabetes, etc) o protocolo acima é recomendado .

Após 1 ano, faça a titulação sérica de anticorpos específicos contra agentes infecciosos de cães, como cinomose e parvovirose. Isto é especialmente recomendado para os animais que tenham sofrido de reações adversas à vacina ou de raças com maior risco para tais reações (por exemplo, Weimaraner, Akita, American Eskimo, Great Dane).

Outra alternativa à vacinação de reforço é nosodes homeopáticos. Essa opção é considerada um tratamento não convencional, que não tem eficácia científica comprovada. Um estudo controlado com nosodes da parvovirose não protegeu adequadamente filhotes em condições de desafio. No entanto, dados da Europa e da experiência clínica na América do Norte suportam a sua utilização. Se seu veterinário optar por nosodes homeopáticos, seus clientes devem ser esclarecidos e um consentimento formal deve ser fornecido.

Eu utilizo apenas vacinas com vírus mortos para vacinas antirrábicas e faço a aplicação com 3-4 semanas de diferença entre outras aplicações de vacinas. Em alguns estados da América do Norte, a titulação substitui a vacinação, quanto aos aspectos legais.

Eu NÃO uso vacinas contra Bordetella, coronavírus, leptospirose ou Lyme a menos que estas doenças sejam endêmicas no local onde o cão vive. Além do mais, as vacionas licenciadas contra leptospirose não contém os sorovares que causam a maioria da leptospirose clínica hoje.

Eu não recomendo vacinar cadelas durante o cio, gestação ou aleitamento.

W. Jean Dodds, DVM
HEMOPET