domingo, 30 de janeiro de 2011

Vacina antirrábica: morte de cães e gatos

O  Ministério da Saúde está de saia justa, porque a vacina antirrábica está provocando muitas reações adversas nos pets. Em uma declaração meio controversa, o presidente da TECPAR - Luis Fernando de Oliveira Ribas, disse:

 "É muito chato dizer isso, para quem é o dono do bichano, mas podem ocorrer óbitos em 0,01% a 0,03% dos casos, particularmente em felinos, mais sensíveis à fórmula".

Parece existir mais felinos sensíveis do que supõe essa estatística, pelo menos é o que mostra essa matéria de O DIA online, onde há relatos de mais de 30% de felinos adoecidos, depois da aplicação da vacina.


Felizmente, ontem, São Paulo suspendeu a aplicação da vacina em cães e gatos, após o relatos de 07 (sete) casos de choque anafilático, seguidos de morte dos pets.


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Que fique claro que sou a favor da vacinação de todos os animais de estimação, entretanto, cabe uma análise crítica aos protocolos vacinais utilizados atualmente.

Por lei, no Brasil, a vacina antirrábica é feita anualmente nos animais de estimação. Isso é bastante compreensível, quando se trata de políticas públicas, uma vez que a raiva é uma zoonose. Afinal, todos os anos nascem milhares de cães/gatos de rua e estes pets precisam ser imunizados.
Entretanto, para os animais controlados, ou seja, aqueles que tem acesso a rede privada de atendimento veterinário e que vivem domiciliados, cabe um esquema vacinal individualizado.

As pesquisas tem demonstrado que a super-vacinação pode provocar efeitos nocivos diversos nos pets.
Do ponto de vista imunológico, a vacina antirrábica é uma vacina "potente", podendo, apresentar diversas reações adversas neurológicas, resultando em atrofia muscular, alteração das funções motoras, além de  anemia hemolítica, doenças auto-imunes que afetam a tireóide, articulações, sangue, olhos, pele, rim, fígado, intestino e sistema nervoso central, choque anafilático, agressividade, convulsões da epilepsia e fibrossarcomas nos locais da aplicação da injecção estão todas ligadas à vacina anti-rábica.

Portanto, não é saudável utilizar esta vacina em frequência maior do que a necessária para manter a imunidade.
As pesquisas científicas sugerem que depois da primeira dose de reforço - feita com 1 ano de idade - o intervalo de três anos mantém titulaçãoes adequadas, capazes de manter o cão protegido. Entretanto, outros estudos tem demonstrado que os cães mantem-se imunes à raiva cinco anos após a vacinação e estudos sorológicos do Dr. Ronald Schultz mostram que os cães têm contagens de títulos de anticorpos em níveis capazes de conferir imunidade contra a raiva sete anos após a vacinação!

A questão não é deixar de vacinar. A questão é fazer bom uso das vacinas, com sabedoria e adequação às necessidades de cada animal.
A saúde do seu pet agradece!





Bibliografia:

Dodds, W.J. ADVERSE VACCINE REACTIONS. Disponível em: http://www.itsfortheanimals.com/Adobe/AdverseVaccReactions.pdf Acesso em: 20/08/2010.

Rigo, L., Honer, M.R. Titulação de anticorpos contra o vírus da raiva em cães, em Campo Grande, MS, na Campanha Anti-Rábica de 2003. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39(6):553-555, nov-dez, 2006

Schultz, R.D. and F.W. Scott. Canine and Feline Immunization. In: Symposium on Practical Immunology. R.D. Schultz, Ed., Vet Clinics of N. Am., Nov. 1978, W.B. Saunders Co.

Schultz, R.D. Current and Future Canine and feline vaccination programs. Vet Med 3: No. 3, 233-254, 1998.

Schultz, R.D. Duration of Immunity to Canine Vaccines: What We Know and Don't Know. Disponível em: http://www.cedarbayvet.com/duration_of_immunity.htm Acesso em: 20/08/2010

Schultz, R.D.; Thiel, B.; Mukhtar, E.; Sharp, P.; Larson, L.P. Age and Long-term Protective Immunity in Dogs and Cats. J. Comp. Path. 2010, Vol. 142, 102-108

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